Certa
vez li em um livro: " VÍRGULAS SEJA AMANTE DELAS".
Bom, certamente
esse é aquele tipo de excerto que pouco se entende fora de um contexto. Foi o
que pensei, por isso resolvi colocá-lo para análise nas próximas linhas que
seguem. Caso seja realmente amante delas, lerá o texto até o fim, caso
contrário o interromperá neste ponto.
Ah! O
ponto final, não há quem possa deter as vírgulas de uma forma tão abrupta.
Sabe, quando não há raciocínio e o cérebro já não quer mais desenvolver as
ideias, o ponto final é o recurso mais utilizado. Quando não se sabe o que
dizer ele conclui aquele texto bem sucinto e meio enrolador.
Agora,
há também aquelas situações bem corriqueiras quando ouvimos este tipo de
conselho: "Põe um ponto final nessa situação", "Coloque um ponto
final nesse relacionamento". Pois bem, eu acredito realmente que em
determinadas situações o ponto final é essencial para resolver tudo. Nesses
casos ele funciona como um basta. Todavia existe outros momentos em que o ponto
final é tipificado em outras vertentes. E são nesses momentos que optar pelo
ponto pode definitivamente destruir tudo.
Quando
o ponto final lhe impede de desenvolver, quando trava as oportunidades de
arguições, uma vírgula pode mudar tudo e fazê-lo seguir enfrente escrevendo.
Não
adianta deixar tudo como está. As ideias precisam ser concluídas e os
problemas resolvidos. Simplesmente abandoná-los é desistir de você, do que
você é capaz. Hoje você os abandona, amanhã eles estarão maiores ainda e
batendo a sua porta.
Quando
o ponto final é aquela mágoa nutrida por alguém, a vírgula é o perdão brotando,
lhe oferecendo uma nova chance de recomeçar com a consciência limpa.
Quando
o ponto final significa o fim da linha, a vírgula são as oportunidades passando
e que você precisa agarrar.
O ponto
semeia o rancor, a vírgula a sensibilidade.
O ponto
é a dúvida que neutraliza, a vírgula é a fé que impulsiona.
Pense nisso!
Roberta Amaro
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