Quando o SUS ( Sistema Único de Saúde ) foi criado, o objetivo era universalizar o serviço de saúde a todos os brasileiros, em todo o vasto território nacional. Em troca, os brasileiros por sua vez continuariam pagando altos impostos, mantendo as contas da união.
Passaram 22 anos da sua criação e o sistema de saúde idealizado é deplorável, e se quer conseguiu atingir o primeiro objetivo, o de ser implantado em todo o território nacional. Filas enormes, meses de espera para a realização de uma cirurgia, faltam medicamentos, instrumentos de trabalho, hospitais, e é claro, o que nunca deveria ocorrer, mas ocorre: faltam profissionais da saúde. E a situação só não é pior por que parte da população acaba pagando um valor extra em planos de saúde privados. Só podia ser no Brasil! Aqui você paga por saúde duas vezes. Nada mais cômodo para um governo que percebeu que "vender gato por lebre" pode ser vantajoso.
O SUS não funciona e a população continua pagando os altos impostos e engordando as pesquisas que mostram a nossa estrutura tributária como uma das maiores do mundo.
Dinheiro, é o que os especialistas dizem ser a solução para o SUS. Mas dinheiro que chegue ao seu real destino. Todavia o que falta não é dinheiro e sim direcionamento e gestores eficientes para que os investimentos aconteçam.
Por isso, uma das principais medidas seria o choque de gestão. Profissionais, veja bem, pessoas capazes de planejar, direcionar e aplicar os investimentos. Qualquer sistema não funcionaria sem esse choque. Se não há direcionamento pertinente do capital, ele desvia para os bolsos ávidos e corruptos.
Fiscalização dos gastos. Não há nada mais importante e difícil de se fazer nesse país. E olha que nesse caso estamos nos referindo à saúde. Desvios, roubos acontecendo descaradamente. Ninguém se importa se há pessoas morrendo nas filas de transplantes, sofrendo pelos corredores em busca de um leito, esperando por remédios controlados.
Expansão do programa Saúde da Família. Uma das primeiras iniciativas a ser tomada. Esse programa atuaria na prevenção e diagnóstico desafogando os hospitais públicos. As super lotações acontecem por carência de respaldo dos programas de prevenção. Sem esse programa de exames e de tratamentos há um aumento e progresso de certas doenças, o que acaba lotando os hospitais. As pessoas só procuram o SUS quando já estão doentes.
Remuneração digna. Não existe programas de incentivo para que os profissionais da saúde migrem para as redes públicas. Médicos e enfermeiros não recebem salários e sim esmolas para cuidar do bem mais precioso: a vida. O resultado: hospitais e emergências que mais parecem açougues, sem qualquer infra-estrutura adequada e instrumentos dignos de trabalho. Faltam especialistas que acabam preferindo as redes de serviço privado para trabalharem.
Quanta coisa para ser feita! Muitas soluções são discutidas todos os anos, mas nunca colocadas em prática. Se em 22 anos o governo ainda engatinha num dos quesitos primordiais como saúde, imagine quando vamos caminhar de verdade e pra valer. Serão precisos mais décadas, séculos ou a saúde é algo tão impossível de ser estabelecido? Países desenvolvidos já provaram que esse impossível não existe.
Um país que remunera mais que julga do que quem está à serviço da vida e cuidando para o bem estar dela, só pode estar mesmo doente.
Pense nisso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário