" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

AQUELE SÁBADO...



Sábado, dia de festa, balada, curtição!
"Todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite...", já diz a música.
Mas esse não era o nosso caso. A maioria dos nossos sábados têm sido tranquilos, sem muita agitação.
Uma passada de rotina no supermercado e depois esticaríamos até um barzinho legal, mas nada de jantar. Ainda mais naquele sábado, um calor escaldante de noite de verão quando parece que todo mundo resolveu sair de casa ao mesmo tempo.
Decidimos então conhecer um bar/restaurante. Acho que era um bar na verdade. Um lugar que a princípio me soou como um estabelecimento meio hippie. Público de meia idade, iluminação reduzida, lustres um pouco arcaicos, assentos de madeira. O lugar que uma turma de jovens dificilmente escolheria, pela tranquilidade e pelo ambiente.
Pedimos nosso refrigerante sob um som instrumental de uma música sei lá de quem. O som ambiente pouco percebido mais soava como um verdadeiro ruído. No fundo do bar nos lados esquerdo e direito ao balcão duas portas, suspeitei que fossem banheiros. No canto superior das portas a figura de dois cangaceiros. Bem eu não sabia quem era o Lampião, muito menos a Maria Bonita. Que cá pra nós, eu não sei que beleza tinha essa Maria do cangaço nordestino. E eu sabia que se a vontade apertasse naquele lugar, a dúvida ia ser cruel. Alguém sabe me informar qual é o banheiro feminino? Agora parece que é moda identificar banheiros com uma figura. Cadê a linguagem escrita minha gente? Help! Nada contra a linguagem não verbal, mas no caso de banheiros eu prefiro o ELE e ELA, não dá confusão sabe?
Se a intenção da Maria Bonita era me informar que o WC (Water Closet) ali era para ELAS, as Damas, comigo não funcionou. Maria Bonita entrou para o cangaço, enganou o Lampião mais uma dúzia de cabras munidos de armas e cartucheiras e agora eu deveria desvendar o mistério. Em qual banheiro entrar?
A garçonete, que num primeiro momento achei meio tonta, trouxe o cardápio. Optamos pelo tradicional filé com fritas e pronto aguardamos. Conversa vai, conversa vem. O prato do casal que chegou 30 minutos depois de nós foi servido. Outras mesas atendidas, e nós aguardando... e como!
Aquele teria sido um sábado normal, não obedeceria ao lema da agitação o que aquele lugar definitivamente não tinha, mas teria sido normal não fosse um pequeno e notório detalhe: a gaçonete não fez o nosso pedido. Ela esqueceu da nossa porção, conseguiu essa proeza de não fazer um pedido de uma mesa num bar que se havia 30 pessoas era muito.
Ela chegou na nossa mesa:
- Vocês precisam de mais alguma coisa?
- Sim, do nosso filé com batatas.
Uma hora de espera. Parece que é mentira, mas a garçonete fingiu de todas as maneiras. Subiu no segundo andar, provavelmente no recinto da cozinha e retornou dizendo que demoraria mais uns 20 minutos.
- 20 minutos? O quê? 5 minutos e nada mais. Se essa porção não descer em 5 minutos eu vou embora.
Meu pai disse num tom de grande insatisfação.
Uma hora esperando e ela queria mais 20 minutos! Dava tempo de matar um boi, tirar o filé, colher batatas lá na Tailândia e voltar... E depois, na maior das desculpas, num descaramento descomunal ela ainda disse que se pedíssemos só a batata ou o prato tradicional da casa demoraria menos tempo.
Deu vontade de mandar ela plantar batatas lá na Tailândia. Buteco de quinta! Até parece que fomos confundidos com eleitores da Dilma! O pobres a quem ela se referiu de maneira grossa no debate. Bem isso não vem ao caso. Até porque, ela agora é nossa Presidenta. Desculpa aí! Brincadeirinha!
Como dizem as fãs dos coloridos Restart: "uma puta falta de sacanagem!"
Meu pai pagou a conta e fomos embora. O bar perdeu não só quatro clientes mas todos as pessoas que conheço e possíveis clientes. Existem lugares que denunciam pelo ambiente. Da próxima vez que avistar um barzinho meio hippie, com Lampião e Maria Bonita na parede e não souber diferenciá-los, fuja! Fuja logo, antes que esqueçam seu pedido e você volte de barriga vazia e com uma raiva daquelas. Coitada da moça, pode ser que ela tenha até perdido o emprego. Também, quem mandou ser displicente!

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