" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

terça-feira, 30 de novembro de 2010

INSISTINDO NO ERRADO


" Enquanto o homem/mulher certo(a) não aparece eu vou me divertindo com os errados(as)".
Quem nunca ouviu isso de uma mulher ou homem? Ou melhor, talvez você não tenha ouvido porque foi você mesmo quem disse.
A princípio vejo que é necessário esclarecer que esse texto não tem por objetivo julgar certo ou errado e muito menos incriminar as atitudes de quem quer que seja. Cada um tem a sua liberdade assegurada de pensar, acreditar e agir da forma que lhe aprouver ou que achar conveniente. E tomada desse princípio e embasada nele, escrevo minhas impressões e idéias.
Sei que se pedi motivos que justifiquem essa atitude eles choveram em minha horta. Justificativas como diversão, azaração, aproveitar a vida que é curta demais, ser feliz... e um milhão de outras razões. Um milhão de razões que existem para os que compactuam com esse princípio, mas que não cabem na minha fiel e escudeira mente que insiste e sempre acreditará no mais cabível: nada justifica escolher, insistir, se machucar e perder tempo com o ERRADO, simplesmente por uma única razão é o errado.
Quatro razões para você não apostar no errado ( e olha que é ridículo dar conselhos para não escolher o errado):
* DURA POUCO TEMPO;
* MACHUCA;
* DEIXA UM VAZIO DEPOIS;
* TE AFASTA DO FOCO, do objetivo, que por sinal é encontrar o certo.
E sabe aquela história de que numa dessas você esbarra com a pessoa certa? Pura mentira, lorota, caô ou como quiserem.
Há apenas um caminho que te conduz ao certo, até a pessoa certa.
Você pode até percorrer e se divertir em caminhos errados, apenas se prepare para assumir os riscos. Só não se esqueça de que numa dessas curvas você pode se perder e nunca mais ter a oportunidade de encontrar o caminho de volta.
Tarde demais! Daí você não terá nem o errado e muito menos o certo.
O homem ou a mulher da sua vida será de outro(a). Outro(a) que esperou por alguém, que também insistiu nesse princípio fajudo e teve um destino como o seu.
E Deus, justo como é, resolveu juntar os que, apesar de a princípio não terem sido feitos um para o outro, esperaram sempre pelo certo. Não perderam o tempo que tinham com escolhas erradas e com caminhos que não conduziriam a nada a não ser a solidão.
Ainda há tempo de mudar as suas escolhas, essa é a oportunidade de refazer as rotas.
Para quê insistir no errado se você pode apostar no certo e esperar por ele sem riscos?
Pense nisso!
Roberta Amaro.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

COISAS DE ADOLESCENTE



" DE QUE ADIANTA SERMOS GATAS SE AMAMOS OS CACHORROS E ELES SÓ QUEREM AS GALINHAS"

Foi o que encontrei escrito em uma das minhas agendas de colégio.
Aos 14 eu amava essa frase. Aliás, não só eu, mas a maioria das minhas amigas tinha essa frase em suas agendas.
Você sabe como é adolescente né? A necessidade de aceitação te faz pegar carona em toda e qualquer novidade do momento. Adolescente é meio parecido com o chuchu, sempre pega o gosto das coisas em volta. Coloque o chuchu com a carne e ele pegará o gosto dela, coleque-o com o frango, abóbora ou qualquer coisa ele pegará o gosto também. O exemplo clássico da "popular da turma", se ela gosta todo mundo ama, já se ela odeia todo o resto detesta.
Pois é, mas assim como todas as fases, essa "maria vai com as outras" também passa rapidinho. Hoje num momento nostálgico, visualizando as velhas folhas dessa agenda, fico a relembrar das experiências... momentos e é claro pensando nessa frase. Chega a ser engraçado ou melhor hilário, sem nexo e intrigante saber que um dia eu pensava assim e ainda concordava com o sentido desse fragmento.
Está certo de não há sentido um relacionamento entre gatas, cachorros e galinhas, todavia parece que nessa frase de agendas eles ocuparam o mesmo triângulo amoroso.
Como já disse, eu amava essa frase, contudo depois de todos esses anos minha maturidade se recusa a compartilhar e apoiar o sentido contido nela. Sabe aquela pergunta: aonde é que eu estava com a cabeça para gostar disso um dia? Pois é, foi a pergunta que me fiz hoje.
Bom, apesar de agora achar um pouco ridículo analisar uma frase dessas, sei que ainda cabe algumas ressalvas para nesse assunto.
Deixando toda modéstia de lado, digo que foi realmente plausível sermos comparadas a gatas. Um sentido figurado que traduz o que eu e minhas amigas sempre fomos, lindas, belas e inteligentes colegiais. Talvez seja essa a parte que mais merecia minha admiração nessa frase.
E o que dizer da segunda parte? As galinhas, vamos reconhecer que elas existem. Nada contra os animais, alías não entendo a razão de associar as pobres aves de galinheiro com essas garotas atiradas que andam por aí. As minhas amigas dizem que é porque tudo o que essas garotas sabem fazer é ciscar no território dos outros. Fura olho, sabe como é? Vai ver que é por isso... Não vamos entrar numa polêmica dessa dimensão.
E agora a parte que me revolta por um dia ter compactuado e acreditado nela: os cachorros. Como assim? Amar cachorros, no sentido figurado e pejorativo de cafajeste, vagabundo, traidor e por aí vai...? Outra vez fico sem entender a comparação, eu amo cachorros de verdade, posso afirmar com toda certeza que essa comparação é duvidosa. Quem tem cachorro sabe que o amor que eles sentem pelos donos é incondicional, eles nunca trairiam um mestre.
O intrigante é: como pode lindas meninas confessarem gostar de rapazes covardes e traidores que pensam só nas atiradas?
Vai entender a mente de adolescente! Ainda bem que no nosso caso era só mesmo uma empolgação instântanea, mas não duvide que tem muita gente por aí envolvendo em triângulos amorosos bem tortos como esse.
Tem coisas que são realmente engraçadas num determinado momento, você até acredita nelas, mas depois elas perdem a graça e o sentido. E nós agradeçemos pela maturidade adquirida.
Gatinhas com gatinhos, vamos deixar que os cachorro se entendem com as galinhas!
Acho que vocês me compreendem né?
Roberta Amaro

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PALAVRAS...



Words (Bee Gees)
Smile an everlasting smile,
A smile can bring you near to me
Don't ever let me find you gone
'Cause that would bring a tear to me


This world has lost it's glory,
Let's start a brand new story now, my love
Right now there'll be no other time
And I can show you how, my love


Talk in everlasting words
And dedicate them all to me
And I will give you all my life
I'm here if you should call to me


You think that I don't even mean
A single word I say
It's only words, and words are all I have
To take your heart away


Palavras
Sorria, um interminavel sorriso
Um sorriso trará você para perto de mim
Nunca me deixe vê-la triste
Porque isso me faria chorar


Este mundo perdeu sua glória
Vamos começar uma nova história, meu amor
Agora mesmo, não haverá outra vez
E eu posso te mostrar como, meu amor


Fale palavras duradouras
E as dedique todas para mim
E eu lhe darei toda minha vida
Estou aqui se você puder me ligar


Você acha que eu não falo a sério
Cada palavra que digo
São só palavras, e palavras são tudo que tenho
Para ter seu coração de novo

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Treinamento para líderes

Ronaldo Amaro, durante sua apresentação no SAAE



Atenciosos, os servidores do SAAE participam do treinamento de líderes
O consultor e administrador Ronaldo Amaro realizou na tarde do dia 16 de novembro, no miniauditório do SAAE, o treinamento para líderes, a partir de uma iniciativa dos alunos do último período do curso de Gestão Ambiental da Faculdade Promove.

O administrador citou uma frase emblemática da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher - "Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar as pessoas que você é, você não é." - para explicar que fato de ser líder vai muito além de exercer um comando.

Para Ronaldo Amaro, o bom líder deve repensar sua posição não somente na empresa, mas também dentro da sociedade, em casa e no trabalho. "A liderança deve ser aplicada no dia-a-dia. E o verdadeiro líder é aquele que consegue aprender com seus subordinados", afirmou o consultor.

O treinamento foi direcionado a todos os supervisores de setor do SAAE. Em breve, a autarquia vai oferecer a oportunidade de treinamento para os servidores do setor de Hidrômetros - bombeiros e leituristas.
Postado por Assessoria de Comunicação / SAAE

Fonte: http://saaeemfoco.blogspot.com

terça-feira, 9 de novembro de 2010

NÃO ENEM ISSO, ENEM AQUILO...

ALGUÉM ME EXPLICA?


QUANDO A MOEDA SE TORNA UMA ARMA


É o assunto dos telejornais. Você liga a TV em um desses jornais e lá estão falando dela: "a Guerra Cambial". Após a vitória no segundo turno em uma das suas primeiras entrevistas, lá está a futura presidente Dilma Roussef citando-a novamente, " a Guerra Cambial". Até o Lula acrescentou esse assunto no seu último discurso. Mas afinal, o que é essa tal de Guerra Cambial?

Uma coisa é certa, informação e dinheiro a gente tem que "ralar" para buscar. Tá certo que alguns conseguem que o dinheiro venha sem esforço, mas na maioria das vezes e para maior parte da população honesta, é preciso correr atrás.

Acontece que para a maioria das pessoas dispostas a ler um bom jornal e ficar super informado, já é difícil entender certos tipos de notícias, agora imagine quem não tem esse hábito. Quando ouve falar nesse tal de Guerra Cambial então... se sente um fantoche na frente da telinha, vidrado e impaciente para que o casal JN dê logo o boa noite tradicional e começe a novela.

Muito bem pessoas, vamos logo desvendar esse mistério. Vamos à Guerra Cambial!

Bem, na verdade isso não é uma guerra com soldados, sangue e etc, etc. Todavia o conflito de interesses acontece de todos os lados. Uma guerra de cunho econômico e político. Um universo cheio de regras e "maracutaias" de mercado que só especialistas na arte compreendem detalhadamente. Alías, os especialistas têm recomendado o uso do termo "Tensão Cambial ao invés de Guerra. Até porque dá uma impressão de que basta um faísca e nós veremos bombardeios por todos os lados.

Essa Tensão Cambial é nada mais do que uma das consequências da crise economica que acometeu o mundo há dois anos. Um período em que a onda de desemprego e problemas fiscais assolaram a economia de alguns países. Hoje, esses países com o mercado interno ainda fraco, apostam nas exportações, e como tem sido difícil encontrar compradores para seus produtos, a desvalorização cambial tem sido a alternativa encontrada.

Um tipo de estratégia. As nações, a maioria emergentes, desvalorizam suas moedas locais que ficam muito mais "baratas", aumentando a exportação e a competitividade dos seus produtos no mercado internacional. Estratégia desleal numa guerra economica em que a moeda se torna a arma de combate.

A China tem ganhado destaque ao praticar essa estratégia. Não por ser o único país a praticá-la, mas por possuir um mercado de exportação bem vasto. O governo chinês é foco de críticas porque tem o controle cambial sobre a sua moeda, o YUAN. Enquanto que nas principais economias mundiais o câmbio é regulado e flutua conforme as negociações de mercado.

Várias medidas de retaliações já estão sendo tomadas. O Governo Brasileiro restringiu a entrada de capital estrangeiro para atenuar a valorização do real. Já os EUA, famoso pelas suas medidas protecionistas, não perdeu muito tempo com o assunto, aprovando uma série de medidas contra os produtos chineses.

Ninguém sabe muito bem qual será o rumo dessa guerra.

Se haverá fim, vitoriosos, soluções amigáveis, tudo é um mistério por enquanto.

Reuniões e encontros internacionais serão realizados nos próximos dias ou meses. A nós, só resta esperar e aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Guerra é guerra! E quando envolve dinheiro, ainda mais nas suas mais diversas moedas, é difícil a conciliação de interesses.


Pense nisso!

domingo, 7 de novembro de 2010

VENDER GATO POR LEBRE


Quando o SUS ( Sistema Único de Saúde ) foi criado, o objetivo era universalizar o serviço de saúde a todos os brasileiros, em todo o vasto território nacional. Em troca, os brasileiros por sua vez continuariam pagando altos impostos, mantendo as contas da união.
Passaram 22 anos da sua criação e o sistema de saúde idealizado é deplorável, e se quer conseguiu atingir o primeiro objetivo, o de ser implantado em todo o território nacional. Filas enormes, meses de espera para a realização de uma cirurgia, faltam medicamentos, instrumentos de trabalho, hospitais, e é claro, o que nunca deveria ocorrer, mas ocorre: faltam profissionais da saúde. E a situação só não é pior por que parte da população acaba pagando um valor extra em planos de saúde privados. Só podia ser no Brasil! Aqui você paga por saúde duas vezes. Nada mais cômodo para um governo que percebeu que "vender gato por lebre" pode ser vantajoso.
O SUS não funciona e a população continua pagando os altos impostos e engordando as pesquisas que mostram a nossa estrutura tributária como uma das maiores do mundo.
Dinheiro, é o que os especialistas dizem ser a solução para o SUS. Mas dinheiro que chegue ao seu real destino. Todavia o que falta não é dinheiro e sim direcionamento e gestores eficientes para que os investimentos aconteçam.
Por isso, uma das principais medidas seria o choque de gestão. Profissionais, veja bem, pessoas capazes de planejar, direcionar e aplicar os investimentos. Qualquer sistema não funcionaria sem esse choque. Se não há direcionamento pertinente do capital, ele desvia para os bolsos ávidos e corruptos.
Fiscalização dos gastos. Não há nada mais importante e difícil de se fazer nesse país. E olha que nesse caso estamos nos referindo à saúde. Desvios, roubos acontecendo descaradamente. Ninguém se importa se há pessoas morrendo nas filas de transplantes, sofrendo pelos corredores em busca de um leito, esperando por remédios controlados.
Expansão do programa Saúde da Família. Uma das primeiras iniciativas a ser tomada. Esse programa atuaria na prevenção e diagnóstico desafogando os hospitais públicos. As super lotações acontecem por carência de respaldo dos programas de prevenção. Sem esse programa de exames e de tratamentos há um aumento e progresso de certas doenças, o que acaba lotando os hospitais. As pessoas só procuram o SUS quando já estão doentes.
Remuneração digna. Não existe programas de incentivo para que os profissionais da saúde migrem para as redes públicas. Médicos e enfermeiros não recebem salários e sim esmolas para cuidar do bem mais precioso: a vida. O resultado: hospitais e emergências que mais parecem açougues, sem qualquer infra-estrutura adequada e instrumentos dignos de trabalho. Faltam especialistas que acabam preferindo as redes de serviço privado para trabalharem.
Quanta coisa para ser feita! Muitas soluções são discutidas todos os anos, mas nunca colocadas em prática. Se em 22 anos o governo ainda engatinha num dos quesitos primordiais como saúde, imagine quando vamos caminhar de verdade e pra valer. Serão precisos mais décadas, séculos ou a saúde é algo tão impossível de ser estabelecido? Países desenvolvidos já provaram que esse impossível não existe.
Um país que remunera mais que julga do que quem está à serviço da vida e cuidando para o bem estar dela, só pode estar mesmo doente.

Pense nisso!


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O DEDO NA FERIDA


É o que faz o governo todos os dias quando tributa igualmente os desiguais. Assim atua a carga tributária brasileira, como um dedo na ferida aberta e profunda.
Complexa, pesada, pouco transparente e injusta. São as características que fazem a estrutura tributária brasileira ser uma das piores e maiores do mundo.
A população sabe que é tributada ao adquirir bens e serviços, mas desconhece a proporção de tais impostos nos preços finais. E não pense que o governo omite por falhas no sistema, a omissão aqui é estratégia política. O desconhecimento da população é fruto de um sistema tão embaralhado e complexo que fica impossível saber o quanto se paga.
Os que tentam adivinhar as taxas até são camaradas com o governo. Ledo engano! O gargalo é bem maior e mais forte do que imaginam. Uma oneração daquelas e a população continua ignorante quanto ao tamanho do estado que a governa. Além dos impostos diretos e conhecidos como ICMS, IPI e companhia limitada, o consumidor ainda tem que arcar com outras taxas que acabam sendo repassadas a ele em maior ou menor grau.
A bola de neve que rola e que a cada dia se torna maior no bolso do consumidor. Principalmente os da classe média, ou seja, metade da população do país. A carga pesa sobre o setor produtivo, que acaba gastando uma fortuna pagando impostos. O resultado? Aumento dos preços e abaixamento dos salários.
A solução parece caminhar para a tão sonhada reforma tributária. Entra governo e sai governo e ela parece ter virado uma "lorota" nos discursos políticos administrativos, relutando para não sair do papel.
Um sistema tributário mais transparente e coeso, faria do consumidor e contribuinte um fiscal sobre as arrecadações e suas finalidades. Todavia, parece que o ideal para o povo não é o mesmo para os políticos de colarinho branco. Saber a finalidade do dinheiro parece amedrontar muita gente lá em Brasília.
Aqui a lógica patrão - empregado se inverte. O povo, patrão, banca as estruturas governamentais com os altos impostos. Já os representantes políticos, portanto, empregados, se esbaldam do dinheiro público e fingem que trabalham. Mas como em todos os casos, a culpa é do patrão que comanda seus subordinados com rédeas soltas.
Enquanto a reforma não sai do papel e continua descansando, acho que está na hora de quem paga exigir o devido retorno.
Um país onde de cada R$100,00 de arrecadações, apenas R$8,00 são aplicados em infra-estrutura, saúde, educação..., só pode estar em uma única situação: DE FALÊNCIA, não o governo, mas a população que se contenta com um retorno menor que 10%.
Para aonde vai os R$92,00? Bem, acho que nós sabemos bem o destino.
Até quando essa ferida ficará aberta?
Quando deixarão de usurpar nosso direito de retorno?
Pense nisso!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

AQUELE SÁBADO...



Sábado, dia de festa, balada, curtição!
"Todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite...", já diz a música.
Mas esse não era o nosso caso. A maioria dos nossos sábados têm sido tranquilos, sem muita agitação.
Uma passada de rotina no supermercado e depois esticaríamos até um barzinho legal, mas nada de jantar. Ainda mais naquele sábado, um calor escaldante de noite de verão quando parece que todo mundo resolveu sair de casa ao mesmo tempo.
Decidimos então conhecer um bar/restaurante. Acho que era um bar na verdade. Um lugar que a princípio me soou como um estabelecimento meio hippie. Público de meia idade, iluminação reduzida, lustres um pouco arcaicos, assentos de madeira. O lugar que uma turma de jovens dificilmente escolheria, pela tranquilidade e pelo ambiente.
Pedimos nosso refrigerante sob um som instrumental de uma música sei lá de quem. O som ambiente pouco percebido mais soava como um verdadeiro ruído. No fundo do bar nos lados esquerdo e direito ao balcão duas portas, suspeitei que fossem banheiros. No canto superior das portas a figura de dois cangaceiros. Bem eu não sabia quem era o Lampião, muito menos a Maria Bonita. Que cá pra nós, eu não sei que beleza tinha essa Maria do cangaço nordestino. E eu sabia que se a vontade apertasse naquele lugar, a dúvida ia ser cruel. Alguém sabe me informar qual é o banheiro feminino? Agora parece que é moda identificar banheiros com uma figura. Cadê a linguagem escrita minha gente? Help! Nada contra a linguagem não verbal, mas no caso de banheiros eu prefiro o ELE e ELA, não dá confusão sabe?
Se a intenção da Maria Bonita era me informar que o WC (Water Closet) ali era para ELAS, as Damas, comigo não funcionou. Maria Bonita entrou para o cangaço, enganou o Lampião mais uma dúzia de cabras munidos de armas e cartucheiras e agora eu deveria desvendar o mistério. Em qual banheiro entrar?
A garçonete, que num primeiro momento achei meio tonta, trouxe o cardápio. Optamos pelo tradicional filé com fritas e pronto aguardamos. Conversa vai, conversa vem. O prato do casal que chegou 30 minutos depois de nós foi servido. Outras mesas atendidas, e nós aguardando... e como!
Aquele teria sido um sábado normal, não obedeceria ao lema da agitação o que aquele lugar definitivamente não tinha, mas teria sido normal não fosse um pequeno e notório detalhe: a gaçonete não fez o nosso pedido. Ela esqueceu da nossa porção, conseguiu essa proeza de não fazer um pedido de uma mesa num bar que se havia 30 pessoas era muito.
Ela chegou na nossa mesa:
- Vocês precisam de mais alguma coisa?
- Sim, do nosso filé com batatas.
Uma hora de espera. Parece que é mentira, mas a garçonete fingiu de todas as maneiras. Subiu no segundo andar, provavelmente no recinto da cozinha e retornou dizendo que demoraria mais uns 20 minutos.
- 20 minutos? O quê? 5 minutos e nada mais. Se essa porção não descer em 5 minutos eu vou embora.
Meu pai disse num tom de grande insatisfação.
Uma hora esperando e ela queria mais 20 minutos! Dava tempo de matar um boi, tirar o filé, colher batatas lá na Tailândia e voltar... E depois, na maior das desculpas, num descaramento descomunal ela ainda disse que se pedíssemos só a batata ou o prato tradicional da casa demoraria menos tempo.
Deu vontade de mandar ela plantar batatas lá na Tailândia. Buteco de quinta! Até parece que fomos confundidos com eleitores da Dilma! O pobres a quem ela se referiu de maneira grossa no debate. Bem isso não vem ao caso. Até porque, ela agora é nossa Presidenta. Desculpa aí! Brincadeirinha!
Como dizem as fãs dos coloridos Restart: "uma puta falta de sacanagem!"
Meu pai pagou a conta e fomos embora. O bar perdeu não só quatro clientes mas todos as pessoas que conheço e possíveis clientes. Existem lugares que denunciam pelo ambiente. Da próxima vez que avistar um barzinho meio hippie, com Lampião e Maria Bonita na parede e não souber diferenciá-los, fuja! Fuja logo, antes que esqueçam seu pedido e você volte de barriga vazia e com uma raiva daquelas. Coitada da moça, pode ser que ela tenha até perdido o emprego. Também, quem mandou ser displicente!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SAUDADE


Lá se vai 1 ano desde que minha vó Maria se foi, e o que fica são as lembranças e é claro a saudade.



SAUDADE, a palavra que só existe no português, mas pulsa em todo o coração que sabe bem o que é perder e ter que estar longe. Simplesmente SAUDADES...

VENTO NO LITORAL

Legião Urbana
Composição: Renato Russo
De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda esta forte
E vai ser bom subir nas pedras

Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...

Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...

Eieieieiei!
Olha só o que eu achei
Humrun
Cavalos-marinhos...

Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...