" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

LIVRES REFÉNS


Câmeras, cercas elétricas, alarmes e muros altos. O carro pára no sinal e os vidros escuros não se abrem. Vivemos reféns da violência que já usurpa o direito de liberdade provocando a "Síndrome do Pânico Social".

O desenvolvimento das cidades, o inchaço populacional, as desigualdades sociais e a ineficiência educacional são apenas alguns dos fatores que corroboram para esse contínuo aumento da violência. A marginalização funciona como um mecanismo que leva o jovem sem perspectivas ao mundo do crime. É este o único espaço da sociedade em que ele e muitos encontram saída: no crime.

Não é possível erradicar a violência, contudo como na maioria dos problemas dessa espécie, pode-se minimizar e controlar sua progressão.

Existem dois fatores, que não são os únicos, para viabilizar esse controle. Em ambos é preciso ocorrer mudanças em sistemas vigentes que não funcionam. O primeiro é a educação, mudar o sistema de ensino público, marcado pela baixa frequência escolar e pela formação de jovens sem projetos futuros. A partir do momento em que se investir na escola "completa", a qual libera o jovem de 21 anos já formado tecnicamente e apto para trabalhar, veremos a diminuição de menores infratores nos presídios.

O outro fator é referente ao sistema penitenciário do país. Um sistema sem funcionalidade que ao invés de garantir a recuperação do indivíduo já embebido pela violência, acaba por o alienar ainda mais. A ressocialização não acontece e a cadeia virou colônia de férias de bandido. Assim, a violência garante seu ciclo, o que seria diferente caso houvesse durante o período de reclusão projetos de formação e disciplinário dos presos. A preocupação por inserir esse indivíduo na sociedade, dando-lhe oportunidade é de grande pertinência.

Fala-se muito no investimento em segurança pública, conquanto não há nada mais inoperante. Cidadãos comuns e livres continuam presos dentro de suas residências e pagando um alto valor por isso. A segurança não basta, quanto mais forte ela fica, mais avança a violência.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

SÓ SEI QUE NADA SEI


É mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha e um rico entrar no reino dos céus do que escolher a profissão certa. É como explicar física quântica para seu irmão de 3 anos ou passar duas pessoas lado a lado na roleta da lotação. A vida tem seus impossíveis, sei o que digo. Assim como muitos jovens tenho uma escolha a fazer e um vestibular pela frente.

Escolher não é fácil, aliás poucos executam sem sofrimentos. Optar pelo preto ou pelo branco, liso ou cacheado, chocolate branco ou preto, o certo ou o errado, engenharia ou medicina?... já dizia o personagem, "É broca, meu!". O interessante é que a dor de escolher faz parte de nós. E a insegurança também. Mas assim seguimos. Qual será mesmo a próxima escolha? Lembro-me de um texto de Stephen Kanitz que propõe aos jovens escolher a carreira da mesma forma como se escolhe o cônjuge. Analogia plausível, contudo a segunda escolha é bem menos dolorosa para os jovens.

Já dizia Fernando Pessoa em Apontamento: "... o que eu era um vazo vazio?... um caco..."; um caco e algumas dúvidas, é esta a sensação de quem tem que escolher, cacos perdidos e sem identidade. Cacos que apesar de terem a consciência de si mesmos, não têm a de um conjunto. Conhecemos a física e a matemática e desconhecemos a nossa obra. A única perspectiva de futuro é o dia de amanhã.

É verdade que uma fórmula mágica para escolher o certo não existe, todavia recorrer ao chamado "uni duni tê" não é nada seguro. Portanto, na dúvida é melhor não escolher e filosofar um pouco com Séneca: "Nenhum vento sopra à favor daqueles que não sabem para onde ir".

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

ASSIM NÃO DÁ


O texto abaixo é uma crônica. Ele é de minha autoria mas a situação nela apresentada não aconteceu de verdade, foi mera ficção. É bem engraçado.


ASSIM NÃO DÁ


Enquanto minha vez não chegava na fila do algodão doce ouvi alguém gritar pelo meu nome. Podia ser a Gabi, mas ela estava na montanha russa e a voz era grossa demais e aproximava-se de mim. - Priscila, Priscila... - era o que eu ouvia.

Nem dei importância, sou insubstituível, mas meu nome não é unânime. A fila era insuportável, vários pirralhos disputando um lugar. O fato é que chegava cada vez mais perto aquela voz. Foi quando de repente avistei um "deus grego" daqueles de tirar o fôlego correndo em minha direção.

Olhei em volta e não percebi nada, era mesmo comigo, não tinha dúvida. Forte, moreno, alto, um Rodrigo Santoro para resumir. Arrisquei uns olhares. Era ele, não tinha dúvidas. O homem da minha vida correndo ao meu encontro num parque de diversões. E olha que eu nem queria ir ao parque com a Gabi. Não me importei com nada, nem como ele sabia que eu me chamava Priscila.

Naquele momento sublime senti que algo lambia meus pés. Era um cachorrinho. Contudo eu estava tão envolvida com o clima que nem me lembrei da caninofobia. E isso era até bom. Meus olhares eram só dele. Arrumei o cabelo com dedos. Ele chegava perto. Aproximando-se disse:

-Priscila, meu amor, onde estava? Procurei em todo o parque. Mais uma vez fugindo de mim. Sabe que eu não posso te perder, meu anjo!

Não entendi nada. Eu? Fugindo daquela escultura de homem? Jamais até porque o mercado está em falta, hein?

-Como assim fugindo? Deixei escapar meio desentendida.

-Vamos, Priscila.

Foi o que ele disse quando percebi com quem ele falava de verdade. Segurando nos seus braços a cachorrinha poodle que me lambia, ele falou:

-Desculpe aí moça. É que ela é muito fujona. Tchau!

-E eu uma idiota. Pensei calada.

Fique paralisada. Acho que mais parecia uma arco-íris de vergonha. Que micão! Meu nome numa cadela. Trocada por uma poodle. Francamente! Concorrência desleal. Assim não dá poxa!

Juro que ainda troco de nome.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A VIROSE É INVENTAR


É impossível encontrar alguém que nunca tenha inventado uma desculpa na vida. Pode procurar em todos os lugares, se encontrar por favor me informe. Olha, sem desculpas, hein? Certamente essa pessoa ainda não nasceu.

Se verificar, é claro, caso você observe assim como eu, verá como a desculpa é inerente a todos. Assim como o vírus, ela está prestes a nos atacar de surpresa e contaminar nosso corpo mortal. É nessa hora que os anticorpos da imaginação entram em ação, na chamada "gripe da invenção" ou "gripe da enrolação"...

Os primeiros sintomas começam na escola quando o "Totó" rasga a lição de casa, ou quando tem um mega show e a entrega do boletim é adiada propositalmente. Normal. O que falar então da festinha de aniversário e do clássico - Depois trago o presente - ninguém merece, e das dores de cabeça depois dos 30 anos de casados ( bem que eu exagerei, os casamentos hoje duram muito menos do que isso, infelizmente). Se for mulher a desculpa tem três letras: TPM, e vários sintomas, e que sintomas... ( TPM - tudo para matar alguém hoje). Brincadeirinha!!! Agora se for homem, a desculpa é digamos cafajeste, e por que não dizer indecorosa? Afinal ninguém merece escutar - A carne é fraca - , perdoe -me os homens isso não foi uma generalização.

Ah, já ia me esquecendo, o que dizer da virose término de relacionamento? Aquela famosa - Você merece alguém melhor -, até que dá para concordar, depois dessa desculpa merece mesmo, realmente! Essa já entrou para o Guiness Book como uma das piores já inventada.

Enfim, não tem como escapar um dia com certeza essa gripe lhe pega desprevinido. Olha só tome cuidado com o que se inventa. Afinal, a virose agora é inventar.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

SINCRETISMO RELIGIOSO, TÔ FORA!!! NÃO ENTRE NESSE ENGANO!


O Brasil é um país no qual o sincretismo religioso aparece sistematicamente. Tudo indica que essa cultura de fusão religiosa, o sincretismo, está associada à história do país desde a barbárie colonização portuguesa. Há quem diga que toda essa "mistureba", com o perdão da palavra, seja uma indentidade cultural e nacional. Contudo, que a oposição me perdoe, esse tal de sincretismo religioso é uma verdadeira "balela", é fé alicerçada no mais vil dos enganos, a religião.



A religião nunca tirou ninguém da lama, muito pelo contrário, quem se agarra nela mais se atola no lamaçal. Puro radicalismo. A religião sempre reprimiu no Brasil e em outras partes do mundo milhares de pessoas. O que falar da ridícula idéia de que a pobreza deve ser aceitada como uma provação de Deus? É verdade, quer dizer que só os pobres são filhos de Deus e que ser rico é pecado. Faça-me rir! Desse jeito me diga quem vai querer levar uma vida miserável? Agora o que dizer do patrimônio e da riqueza do Vaticano? E das igrejas adornadas de ouro? Percebe a contradição?



Toda essa bagunça não podia resultar em nada pior. No Brasil os leigos e confundidos por todo esse sincretismo são católicos e frequentam o candomblé, são espíritas e participam de missas. E o que falar das festas que não se sabe para quem é a homenagem, para o santo ou para o congado. E a tão misteriosa marçonaria? Se fosse bom todo mundo saberia o que é, não acha?



Em matéria de religião não há povo mais confuso. Até no Oriente Médio, berço das três maiores religiões do mundo, não há situação semelhante. Lá você é cristão, judeu ou muçulmano. O meio termo não existe. É claro que muita gente irá falar da tolerância religiosa. Muito bem, é lógico que esse tipo de tolerância está longe de existir no Oriente Médio, mas no Brasil apesar de se apostar tanto nessa tolerância eu acredito que ela não existe realmente.



Não quero defender nada, muito menos qualquer tipo de religião. Apenas considero que existe uma falta de identidade, e não falo só do Brasil, falo das pessoas individualmente. Um pouco de discernimento é sempre necessário. É o que eu acho!



Porém aqui vai minha opinião, pois pelo menos liberdade de expressão nós temos. Sou a favor da fé pura e inteligente em um único e poderoso Deus. Uma fé que não deseja e nem pratica o mal contra o próximo, muito pelo contrário, é essa fé que tem feito de mendigos grandes empresários, do cativo um livre e vencedor. Não tenho religião e não compactuo com qualquer tipo de sincretismo. Sou cristã e acredito que Jesus Cristo é o Senhor. Podem me chamar do que quizerem. A minha fé é única, não sigo outros caminhos. Essa é a FÉ INTELIGENTE. Nela eu acredito.



Quem gosta de se enganar, fazer o quê? Continue no engano



" O pior cego é aquele que tem olhos para enxergar e mesmo assim não vê".

Por isso levanto a bandeira "sincretismo religioso, tô fora!"

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

MEUS CACHORROS







No decorrer da minha infância eu e minha família tivemos em casa 4 cachorros.

O primeiro cão era uma cadela da raça Cocker que se chamava Luana. Depois dela veio uma Dálmata, a Mille ( que por sinal recebeu esse nome por que eu adorava aquela novela "Chiquititas" e a personagem principal se chamava Mille). Depois da Mille tivemos dois cães de raça grande, um casal. A fêmea era um Labrador retriever e o macho um São Bernado. Eram a Moglie e o Huck. Contudo, apesar de tantos cachorros eu sempre morria de medo deles. Tinha aversão a qualquer cachorro.

Quando eu tinha uns 13 anos meu pai comprou um filhote de Pequinês e levou-o para casa, foi aí que as coisas mudaram. Colocamos o nome de Giba. É isso mesmo, Giba chegou na época em que a seleção brasileira de vôlei ganhava a Liga Mundial, foi uma homenagem ao capitão da equipe Giba. Enfim, depois disso eu passei a amar cachorros. Giba era um cachorro inteligente, amigo, simpático e super amável. Ele oferecia até a patinha em troca de um petisco. Giba foi um grande amigo, meu melhor cachorro. Quando ele tinha uns 2 anos minha mãe ganhou um filhote de Poodle, uma cadela que colocamos o nome de Tita. A Tita foi a companheira do Giba. Apesar de toda a alegria infelizmente a história do Giba não terminou bem. O Giba com apenas 3 aninhos contraiu uma doença degenerativa, a cinomose. Foi tudo muito rápido, meus pais fizeram de tudo, compraram todos os medicamentos possíveis. A cinomose é uma doença que ataca o sistema nervoso do animal e são poucos os casos em que o cachorro consegue superar, sendo que sempre deixa sequelas. Até Gardenal ele teve que tomar, não adiantou e em menos de dois meses tivemos que sacrificá-lo. Foi uma perda enorme, eu e minha família ficamos muito abalados. Foram tempos difíceis. Mas o Giba foi muito especial e nunca jamais nos esqueceremos dele. Mas tudo isso deixou uma grande lição: a importãncia de manter o cartão de vacinas dos cães em dia. Portanto fique de olho caso você tenha um animalzinho em casa, não deixe de vaciná-lo.

Bem, minha história com cachorros não acabou. Depois do Giba nós ficamos somente com a Tita e nem pensávamos em mais um cachorro. Foi aí que chegou o Lupy, filho de um Poodle com Yorkshire. O Lupy chegou filhote com apenas 3 meses. Depois com menos de 1 ano ele e a Tita tiveram a primeira cria de cachorros. Nasceram 6 filhotinhos. Depois já com 1 ano tiveram uma segunda cria, essa com 5 , um filhote a menos. Todas as duas vezes foi uma festa, os filhotes nasceram saudáveis e logo ganharam um novo lar. Da última vez que a Tita teve filhotes nós ficamos com um macho, o nome dele é Max. Max já cresceu tanto que já está do tamanho do pai, Lupy.
Essa é minha história com meus cachorros. Hoje tenho 3 cães em casa. Olha, dá um maior trabalho, a bagunça nem te conto! Aliás depois de tanto filhotes tivemos que castrar o Lupy , mas como agora temos o Max , estamos agendado um cirurgia de castração da Tita. Eu adoro meus cachorros. Eles amam de um jeito incondicional e ficam felizes sempre, mesmo que a gente esteja de mau humor.
Ás vezes eles me entendem mais do que as pessoas. As fotos acima são do Max, do Lupy e da Tita respectivamente. Eles não são lindos?








domingo, 6 de dezembro de 2009

O SENHOR DA SUA BOCA


"O Senhor da sua boca"

Era uma vez um velho que começou a espalhar rumores de que o seu vizinho era um ladrão. Como resultado, o seu vizinho foi preso.

Dias depois o vizinho foi achado inocente. Depois ter sido absolvido ele processou o velho por acusá-lo erroneamente.

O velho foi então levado até a corte e disse ao juiz, "Esses foram apenas comentários. Eles não prejudicam ninguém.”

Antes de dar a sentença para este caso, o juiz perguntou ao velho, "Escreva todas as coisas pelas quais o senhor disse acerca dele em um pedaço de papel. Despedace-o e no seu caminho para casa jogue os pedaços de papel fora".

No dia seguinte o velho voltou para ouvir a sentença. O juiz lhe disse, "Antes de receber a sentença, o senhor terá que sair e juntar todos os pedaços de papel jogados fora ontem". O velho lhe disse, "Não posso fazer isso! O vento os espalhou e eu não saberei onde encontrá-los".

O juiz então lhe replicou, "Da mesma forma, simples comentários podem destruir a honra de um homem ao ponto de não se poder mais concertar".

Sejamos todos os senhores das nossas bocas, para que não sejamos escravos das nossas palavras.