" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O QUE SÓ O MAX SABE



“Eu queria saber o que só o Max sabe para ser feliz...”



Pode parecer ridículo para você. Posso parecer ridícula para todos. Principalmente se eu dissesse que Max é um cachorro.
Mas quem foi que disse que eu sou ridícula? E quem pensou que um dia eu não poderia ser?
Ele é feliz. Foi o que eu constatei e observo todos os dias. Ele é feliz, mas não porque descobriu que poderia ser ou porque alcançou a felicidade. Max é feliz porque decidiu ser. Sim, mais uma vez um dos meus cachorros foi capaz de fazer o que eu tenho deixado de lado. Enquanto o Lupy me mostra o que é focar um objetivo e com motivação zelar por ele, o Max mostra como decidir ser feliz com tão pouco. E aqui estou eu me expressando novamente, talvez de maneira equivocada. Ser feliz com o pouco. Deixa-me explicar. O pouco a que me refiro é o necessário. E sabe qual é o nosso problema? Não se contentar com o necessário.
Nisso Max e todos os demais animais saem lucrando. Eles não conhecem o supérfluo, por isso não são escravos dele. E conseqüentemente tem o poder de decidir por ela, a tão sonhada felicidade, de uma maneira menos complicada, mais simples e por que não a mais singela.
Qual seria seu maior desejo numa tarde ensolarada? Ver o pôr do sol, ou respirar bem fundo agradecendo por estar vivo? Que nada! Arrisco-me a dizer que um clube, talvez uma piscina, uma praia, uma festa, poderiam estar na sua lista de opções. Creio que não errei ao me arriscar nesses palpites, só não sei se isso de fato seria decidir pela felicidade.
Sabe o que Max faria? Ele correria pelo gramado, daria milhares de voltas em torno do pé de acerola, comeria algumas delas maduras que estivessem ao chão e ainda se arriscaria a correr atrás de alguns sabiás e bem- te- vis. Tudo isso porque ele decidiu ser feliz. Não importa se o passarinho pode voar e ele não. Max sempre acredita que um dia poderá capturá-lo, numa daquelas aventuras boa pra cachorro. E mesmo se um dia isso acontecesse essa aventura nunca perderia o seu brio e o seu sentido porque ele na verdade se diverte bastante com o desafio de capturar os passarinhos. No fundo eu acho até que às vezes eles são bem amigos. O Max corre e o passarinho se diverte também com vôos rasantes e com dribles de deixar qualquer piloto da esquadrilha da fumaça boquiaberto. E assim Max gasta todas as suas energias em busca de ser feliz, e ainda sem saber acaba fazendo os passarinhos também.
Ser feliz é fazer o que é certo, sublime. É apenas uma decisão, uma forma de se libertar do jugo do que aparentemente te preenche. É saber o que só o Max sabe... Mesmo se isso for ridículo ou não.

Pense nisso!
Roberta Amaro

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