Ontem ao chegar em um caixa de supermercado na cidade de Itaúna, percebi que a moça do caixa estava ocupada anotando algo, logo perguntei: "- Está funcionando?" E ela, sem se quer olhar em minha direção respondeu de forma áspera: "-Tá...". Permaneci ali parado por alguns segundos aguardando o atendimento, sem falar nada, até que a atenção fosse dada pela moça. Ao levantar a cabeça e finalmente olhar para mim logo percebeu que a sua resposta fora rude demais. Toda desconcertada e redimida com a situação, percebi que mesmo não falando nada, o seu olhar falou por si, ou seja, os olhos se renderam a dizer: "Desculpa".
Refletindo sobre esse fato, fico pensando na enorme necessidade que temos e que insistimos em não perceber. A necessidade de se interiorizar e entender que ninguém é igual, nem os dedos das mãos são. A percepção do arrependimento e o oferecimento do perdão, por mais simples que seja a situação faz toda a diferença.
Tolerância, e logo aquela técnica de contar até 10 não se faz mais relevante para que não haja a triste vontade de revidar.
A partir do momento que compreendermos que todos, sem exceção, são passíveis a erros e que sempre existirá espaço para proporcionar o perdão, conseguiremos ser melhores nessa vida. Mesmo que as desculpas sejam traduzidas por meio de gestos ou através de um olhar.
As palavras podem não sair, mas o corpo por si fala.
E precisamos da sensibilidade apurada para entendê-lo!
Pense nisso!
Ronaldo Amaro 07/04/2011
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