" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Petróleo: o fim de um mundo



Com o preço de um barril que oscila cerca de cinco vezes ao ano e o processo de esgotamento das reservas catalogadas, o uso do petróleo é mais um dos assuntos do século. Já é um problema cercado de desdobramentos políticos, econômicos, conflituosos, e que nos convida para um novo desafio: conseguir viver sem petróleo.
Um desafio estranho e pretensioso. É claro que o leitor há de convir que ninguém associa sobrevivência ao petróleo. Afinal, quem apresentou ele aos homens da pré-história? Eles viveram sem petróleo. Sim, mas chega de primitivismo anulando nossa realidade. Os tempos mudaram, já dizia minha vó. O desafio parece ter um grande entrave para nós modernos.
Em todo o mundo o consumo cresce em escalas geométricas. Comportamento que promete para a civilização os desafios de racionalizar. A idéia é racionalizar tudo, até petróleo. Contudo, se por um lado avança-se com instaurações de alternativas de substituição energética, por outro encontra-se o grande entrave, descobrir outro combustível que movimente a ordem capitalista. Como viver sem algo que está em praticamente 80% daquilo que compramos? Parece impossível, não?
Não vivemos mais nas cavernas. O nosso atual estágio de desenvolvimento econômico apenas nos condiciona a minimizar o consumo. Ainda não aprendemos a viver sem, já que sempre tivemos. Para o capitalista viver sem petróleo é mesmo o fim de um mundo.

ROBERTA AMARO

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