" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

INDIVÍDUO VERSUS OFÍCIO, A FRAGILIDADE DA RELAÇÃO.


Durante essa minha preparação com objetivo de adentrar numa universidade e dar início a um curso superior, são muitas as situações e circunstâncias que vêm se tornando motivo de observação.

A superficialidade da relação indivíduo-ofício escolhido é um exemplo. Pessoas assumindo uma atitude totalmente diferente e aquém do esperado, levando-se em consideração a profissão escolhida. Há uma falha e o que se observa é ausência de integração da carreira que se pretende trilhar e a postura pessoal do estudante perante a sociedade e o meio em que vive.

É praticamente uma frustração de expectativas, e isso tem se tornado cada vez mais recorrente. É comum encontrar jovens universitários nada prazerosos com suas faculdades. Em geral estão cansados, seja pela carga horária, pelo conteúdo, pelas provas... Enfim, como se o curso se resumisse em um fardo que agora eles devem suportar. Ainda há aqueles que estão na contramão, com atitudes nada condizentes com a carreira que pretende trilhar. São estudantes de psicologia que falam demasiadamente da vida das pessoas, futuros médicos individualistas e pouco tolerantes, universitários do curso de direito que pronunciam palavras de baixo calão ou que se expressam sem temperança. Entre outros exemplos.

 Ainda não sei se o erro está numa idealização do ofício que geralmente ocorre antes da entrada na faculdade ou se esse comportamento deve-se a não adaptação da pessoa com os requisitos cobrados pela carreira escolhida. O fato é que as pessoas tem se conhecido cada vez menos. Têm desconsiderado verdades sobre si mesmas que assumem uma influência tremenda nas suas relações com o mundo, com as pessoas e é claro com as suas escolhas.

O processo de conhecimento capaz de preparar para uma profissão sempre revela uma visão de mundo, um caminho, uma conduta a ser seguida. E se o estudante se encontra distante dessa visão, assumindo uma postura que aponta um caminho diferente do que essa profissão requer , haverá uma grande dificuldade, caso ele se forme, em exercer o ofício com maestria.

Ao aderir um ofício é quase impossível desvincular sua conduta pessoal dele. É uma forte relação, capaz de lapidar o indivíduo para que ele esteja conforme. O primeiro passo para se tornar um bom profissional reside nessa relação. O sucesso e o fracasso estão ligados a como essa relação se sustenta. E assumir a postura que o ofício exige é extremamente necessário, e deve começar já no período da faculdade, antes mesmo que a formação se efetive.

A fragilidade dessa relação com a profissão é perigosa e a verdadeira responsável pela falta de ética de muitos profissionais. E infelizmente tem sido recorrente hoje, o que preocupa. Por isso o melhor a ser feito nesses casos é desistir mesmo da carreira antes mesmo de iniciá-la ou de exercê-la de forma equivocada.

Isso não pode se tornar comum. Já que o mercado não carece de um profissional e sim daquele considerado O PROFISSIONAL.

Pense nisso!

Roberta Amaro

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