" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

NO MEIO DA TEMPESTADE


Ela caiu do nada. Foi tudo muito rápido, parecia que um imenso balde de água a 80 km/h estivesse sendo despejado sobre as nossas cabeças. Atravessando a rua meio que contando com a sorte (ou melhor com Deus), eu não via nada. Cisco nos olhos, uma sombrinha resistindo a força do vento, lixo e papéis voando por toda parte, e água, muita água. Salve-se quem puder! Achei que pudesse continuar caminhando contra toda aquela tempestade, mas não teve jeito. O melhor a fazer era poupar esforços e naquele momento procurar abrigo.

Bem, eu já escrevi muitos textos. Também não foram poucas as vezes que fiz de uma simples chuva ou de uma forte tempestade assuntos para os meus escritos. E aqui estou eu novamente fazendo isso...

Eu sabia que a única coisa a fazer era esperar. A única coisa não porque, sabe como a gente fica né? Reclama, dar risada, telefona, preocupa-se, e a sensação é : estou ilhada.

- Mas como que essa chuva caiu assim do nada?

Ai, ai, quanta exigência! Esperava o quê? Achou que Deus tem uma conta no hotmail e logo hoje esqueceu de lhe enviar um email de aviso?

Eu não estava sozinha. O carro da minha mãe estava a uma quadra do lugar onde nós nos escondíamos. Mas o que adiantava? Isso não era definitivamente uma vantagem, afinal o carro não viria sozinho ao nosso encontro. E eu continuava molhada como a maioria das pessoas alí. Todo mundo num mesmo barco, quer dizer num mesmo abrigo.

A chuva diminuiu e eu cheguei em casa daquele jeito. Sapatilha molhada e a escova no cabelo... bem acho que nem preciso falar. Mas agora depois de tudo isso, aqui sentada no sofá do escritório, seca (obviamente) e pronta para dormir, fiquei pensando sobre essa tempestade de hoje a tarde.

Assim tem sido alguns problemas e situações. Tempestades inesperadas, um sobressalto que acaba colocando tudo em desordem.

Não adianta tentar enfrentar com a força dos braços, muito menos utilizar instrumentos frágeis de combate.

Assim como na tempestade de hoje o melhor mesmo é procurar um abrigo e esperar. Esperar não é acomodar e eu já disse isso outras vezes. Esperar é confiar.

Só espera quem confia; quem percebe a hora certa e que sabe a oportunidade adequada .

Existe um momento certo de agir, seja numa situação ou num problema, a hora de enfrentar tudo sem medo e com os pés nos chão.

Se eu tivesse enfrentado a chuva naqueles primeiros instantes, provavelmente não sairia ilesa e talves teria ficado mais molhada ou coisa pior.

Eu tive de esperar e no momento certo agi.

Da próxima vez que um problema te surpreender não tente resolver tudo de uma vez no calor da emoção. Não é sábio agir sem pensar. Espere o momento oportuno, e enfrente a tempestade.

E quanto ao abrigo... bom, você sabe onde encontrar segurança e certeza.

Eu encontro em DEUS, quer abrigo mais seguro do que Esse?



Pense nisso!

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