" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ALGUÉM ME EXPLICA?


QUANDO A MOEDA SE TORNA UMA ARMA


É o assunto dos telejornais. Você liga a TV em um desses jornais e lá estão falando dela: "a Guerra Cambial". Após a vitória no segundo turno em uma das suas primeiras entrevistas, lá está a futura presidente Dilma Roussef citando-a novamente, " a Guerra Cambial". Até o Lula acrescentou esse assunto no seu último discurso. Mas afinal, o que é essa tal de Guerra Cambial?

Uma coisa é certa, informação e dinheiro a gente tem que "ralar" para buscar. Tá certo que alguns conseguem que o dinheiro venha sem esforço, mas na maioria das vezes e para maior parte da população honesta, é preciso correr atrás.

Acontece que para a maioria das pessoas dispostas a ler um bom jornal e ficar super informado, já é difícil entender certos tipos de notícias, agora imagine quem não tem esse hábito. Quando ouve falar nesse tal de Guerra Cambial então... se sente um fantoche na frente da telinha, vidrado e impaciente para que o casal JN dê logo o boa noite tradicional e começe a novela.

Muito bem pessoas, vamos logo desvendar esse mistério. Vamos à Guerra Cambial!

Bem, na verdade isso não é uma guerra com soldados, sangue e etc, etc. Todavia o conflito de interesses acontece de todos os lados. Uma guerra de cunho econômico e político. Um universo cheio de regras e "maracutaias" de mercado que só especialistas na arte compreendem detalhadamente. Alías, os especialistas têm recomendado o uso do termo "Tensão Cambial ao invés de Guerra. Até porque dá uma impressão de que basta um faísca e nós veremos bombardeios por todos os lados.

Essa Tensão Cambial é nada mais do que uma das consequências da crise economica que acometeu o mundo há dois anos. Um período em que a onda de desemprego e problemas fiscais assolaram a economia de alguns países. Hoje, esses países com o mercado interno ainda fraco, apostam nas exportações, e como tem sido difícil encontrar compradores para seus produtos, a desvalorização cambial tem sido a alternativa encontrada.

Um tipo de estratégia. As nações, a maioria emergentes, desvalorizam suas moedas locais que ficam muito mais "baratas", aumentando a exportação e a competitividade dos seus produtos no mercado internacional. Estratégia desleal numa guerra economica em que a moeda se torna a arma de combate.

A China tem ganhado destaque ao praticar essa estratégia. Não por ser o único país a praticá-la, mas por possuir um mercado de exportação bem vasto. O governo chinês é foco de críticas porque tem o controle cambial sobre a sua moeda, o YUAN. Enquanto que nas principais economias mundiais o câmbio é regulado e flutua conforme as negociações de mercado.

Várias medidas de retaliações já estão sendo tomadas. O Governo Brasileiro restringiu a entrada de capital estrangeiro para atenuar a valorização do real. Já os EUA, famoso pelas suas medidas protecionistas, não perdeu muito tempo com o assunto, aprovando uma série de medidas contra os produtos chineses.

Ninguém sabe muito bem qual será o rumo dessa guerra.

Se haverá fim, vitoriosos, soluções amigáveis, tudo é um mistério por enquanto.

Reuniões e encontros internacionais serão realizados nos próximos dias ou meses. A nós, só resta esperar e aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Guerra é guerra! E quando envolve dinheiro, ainda mais nas suas mais diversas moedas, é difícil a conciliação de interesses.


Pense nisso!

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