" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A IMPONTUALIDADE DO AMOR



Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. 

Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. 

Triiiiiiiiiiiimmm! 

É sua mãe... 

Quem mais poderia ser? 

Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. 

Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. 

Por que o amor nunca chega na hora certa? 

Agora, por exemplo... ... que você está de banho tomado e camisa jeans. 

Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. 

Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio. 

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. 

Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos Outros, sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio uma locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. 

O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. 

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. 

Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. 

Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. 

O amor está em todos os lugares, você que não procura direito. 

A primeira lição está dada: ... o amor é onipresente. Agora a segunda: ... 

mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. O amor odeia clichês. 

Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde... depois de uma discussão e... as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. ... 

Idealizar é sofrer ! 

Amar é surpreender ! 

(Martha Medeiros)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

HAVERÁ UM MOMENTO...



Haverá um momento que as circunstâncias farão com que você se sinta fraco, mas lembre-se que é você que decide ser forte. 

Haverá um momento que as pessoas não acreditarão em você, mas lembre-se de que se você mesmo acreditar que pode, Deus te fará invencível. 

Haverá um momento que o tempo poderá lhe trazer na memória os dissabores do passado, mas lembre-se de que ninguém vive dois tempos simultaneamente, viva o presente. 

Haverá um momento que o tempo poderá lhe oferecer as angústias de um futuro incerto, mas lembre-se de que você é quem escolhe recebê-las ou não, o futuro sempre será incerto até porque ele não existe. Alguém já viveu no futuro alguma vez? 

Haverá um momento que o que todo mundo faz será atrativo e prazeroso, mas tenha certeza de que um dia você se arrependerá por não ter sido diferente do resto. 

Haverá um momento que você será pequeno entre os aparentemente "grandes", mas lembre-se você  é que escolhe ser tão grande quanto ou se resignar a condição de pequeno para sempre. 

Haverá um momento que tudo parecerá sem sentido, mas lembre-se de que talvez o sentido esteja em Quem você tem desprezado ou simplesmente sido indiferente. 

Haverá um momento que você estará sozinho mesmo cercado de um milhão de amigos, mas lembre-se de que nem um milhão de amigos pode lhe oferecer amizade maior do que Aquele que te conhece em todos os aspectos. 

E nesse momento quando a solidão parecer infindável e o mundo lhe virar literalmente as costas, lembre-se que Deus estará sempre de braços abertos esperando por você. 

Solidão é uma escolha. Viver sem ela também é, e tem um nome certo DEUS.


Pense nisso!


Roberta AMARO

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A PESSOA CERTA

Bom, aqui estou para dar seguimento ao assunto da última postagem.

Embora a questão pareça comum a muitos não há uma fórmula universal para resolvê-la, principalmente se tratando de algo tão individual como escolher o certo para você. E em se tratando de sentimentos há uma peculiaridade em cada relacionamento. O certo não quer dizer perfeito, o certo é no máximo ideal. O que acontece é que a grande maioria das pessoas quando entendem o que é ideal para elas já estão dentro de uma relacionamento conturbado e repleto de crises. Talvez se houvesse um pouco mais de paciência e observação não seria tão doloroso assim. Mas o que frequentemente ocorre são decisões tomadas no calor da emoção e quando os hormônios potencializam aquele aparente "estar apaixonado", nada parece importar e o errado acaba por ser aceito sem maiores problemas.

Se pensássemos mais chegaríamos a uma conclusão bem clara de que somos nós os verdadeiros culpados todas as vezes que a pessoa certa parece inalcançável ou utopia de filmes românticos. E aí quando tudo se complica e a sensação de impotência nos faz perder as esperanças, surge a solução. 

A solução é VOCÊ. Isso mesmo e vamos entender  exatamente o porque.

Primeiro é necessário compreender o seguinte:

"PARA ENCONTRAR A PESSOA CERTA, PRIMEIRO EU PRECISO SER A PESSOA CERTA PARA ALGUÉM."

Essa é a premissa maior de quem quer encontrar o parceiro ideal e que lhe fará feliz.

Já está mais do que na hora de acabar com o empecilho que comumente complica os relacionamentos, o famoso "o problema é o outro."

"Ele é grosso demais.""Insensível e incapaz de compreender o que eu quero, ele está sempre me irritando.""É ela quem complica nossa relação.""É sempre a imaturidade dela o motivo das nossas brigas e discussões."

Esses são alguns comentários que geralmente os casais utilizam. E utilizam sem pensar, o que acaba afastando o que realmente procuram. Uma forma, iludida certamente, de se fazer de forte e deixar bem claro que se deu errado ou se nada aconteceu não foi culpa minha.

O problema muitas vezes não é o outro, frequentemente o problema chama-se você.


As mulheres tem fama de serem exigentes, mas na verdade a fama seria de exageradas por presumirem que um homem ideal deve ser perfeito. Só que como todos sabem não há perfeição.


Se você pergunta o que um homem deve ter, vem aquela lista "singela":


"Tem que ser alto, bonito, inteligente, ter olhos claros, ser sensível, romântico, educado, compreensível, tem de amar a família"; e ... por aí vai. 

 Agora, se o contrário fosse feito. Se mudássemos de estratégia. Se primeiro cada um começasse a pensar em se tornar alguém melhor. O discurso seria mais ou menos assim, para ambos, homens e mulheres:


"Eu preciso ser maduro(a), agradável, compreensivo(a); quero estar pronto(a) para saber compartilhar sonhos, projetos, objetivos, enfim uma vida com outra pessoa. Tenho que pensar no quanto o relacionamento dependerá da tolerância e da cumplicidade que eu estarei disposto(a) a investir."


Assim a preocupação em me tornar melhor afasta toda frustração por não encontrar alguém "perfeito". Trabalhando em mim tenho plenas chances de me realizar como pessoa.


E não há nada mais atraente do que uma pessoa bem definida e realizada consigo mesma. Disposta a ceder para fazer o outro feliz.


E isso só a pessoa certa é capaz de enxergar.


Pense nisso!


Roberta Amaro


Obs.: Nos próximos dias estarei falando sobre algo que todo mundo adora, falarei sobre o AMOR. E quem não gosta de ler e falar sobre amor hein? Então não perca, é só aguardar e passar por aqui. Até lá!



sábado, 4 de fevereiro de 2012

A PESSOA CERTA


A internet é sem dúvidas uma espécie de estado febril constante e em tempos como esse de auge das redes sociais uma simples atualização de perfil revela uma infinidade de impressões. É só digitar algumas palavras, um trecho de música ou de qualquer coisa parecida e pronto, seu estado emocional é revelado em um clic.

Não se pode ter uma ideia exata se isso é bom ou até que ponto deixa de ser. O que ocorre é que frequentemente lá estamos nós no MSN e Facebook checando as novas atualizações.

Acontece que dia desses eu me interessei por um desses comentários, era de uma conhecida minha. Não sei dizer ao certo se achei engraçado, irônico ou um simples desabafo, o fato é que não pude deixar de pensar sobre o que ela havia escrito. Dizia mais ou menos assim:

"Com 7 bilhões de pessoas no mundo e a gente ainda insiste em escolher a errada."
Algum motivo houve para que isso fosse postado. Um lance mau resolvido, um relacionamento rompido, desilusão por um amor não correspondido ou uma frase sem significados mais profundos senão o de preencher uma atualização. Mas isso não vem ao caso, nem compete a mim dizer já que desconheço o verdadeiro motivo.

Uma infinidade de pessoas perdidas sem saber como encontrar aquela pessoa denominada a "certa", o grande amor da sua vida ou a metade da laranja se preferir. E esse é um grande problema, porque se ninguém achar o que lhe parece certo, estaremos pela lógica vivendo um caos emocional.

Um mundo com 7 bilhões de encontros e desencontros.

Por isso eu resolvi falar sobre esse assunto. De uma maneira peculiar mas totalmente disposta a dar dicas e conselhos para encontrar a pessoa certa.

Falar sobre a vida sentimental nem sempre é uma tarefa muito fácil, aliás está longe de ser fácil. Se você está disposto a ler mais sobre esse assunto passe aqui amanhã e começaremos nosso papo.

Até lá!

Roberta Amaro

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O QUE ELE VÊ?



O que Deus vê quando lá de cima olha para você aqui embaixo?

Sobre o que você pensa, faz, deseja, sente; qual será a verdade que você é e que somente Ele é capaz de enxergar, sem distorções, sem equívocos, sem maquiagem...

Você sempre se preocupa em transmitir aos outros uma boa impressão, mas quase sempre se esquece que Aquele que melhor lhe enxerga é também quem menos você se preocupa em agradar.

Pensar em como Ele me vê.

É mais do que uma tarefa nesses dias tão difíceis, é a chance de se tornar melhor.

Dar valor ao que realmente importa.

Esse é o recado de hoje.

Pense nisso!

Roberta Amaro

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

TERCEIRO ATO


Outro dia estava lendo alguns textos de Antônio Prata e encontrei esse falando sobre a maturidade. É bastante interessante a maneira cômica e realista que ele analisa e caracteriza a cada fase da vida e como nós conduzimos cada uma dessas fases. Resolvi publicar, afinal discutir sobre a maturidade sempre nos rende uma boa oportunidade de parar para pensar, e porque não rir um pouco de nós mesmos.




04/08/2011
Publicado na Revista VIP


Aos dez anos, eu acreditava que a idade adulta começava aos vinte. Aos vinte, achei que ainda não havia chegado lá e decretei que adultos eram só os com mais de trinta. (Convenhamos, a apenas seis primaveras da oitava série você é, no máximo, um pós-adolescente: provavelmente ainda mora com os pais, deixa a toalha molhada em cima da cama e siglas como IPTU ou FGTS fazem muito menos sentido do que MILF ou THC.) Ao completar a terceira década de vida, contudo, não tive como protelar: alguns fios brancos no queixo, projetos de rugas nos cantos dos olhos e entradas moderadas avançando pelo couro - já não tão - cabeludo me atestavam, no espelho; eis aí um espécime maduro, acabado e plenamente desenvolvido de Homo sapiens sapiens. E, sabe o que? Fiquei bastante contente com a descoberta.

A infância é terrível. Você precisa chamar as autoridades competentes até mesmo para limpar a bunda, é incapaz de organizar verbalmente as ideias mais rudimentares e quando o faz por outras vias, como, por exemplo, pintando a parede da sala com seu estojo de canetinhas, fica um mês sem sobremesa. A infância é uma espécie de condicional, após a solitária do útero. Uma liberdade vigiada, que deve te preparar para a próxima fase infeliz: a adolescência. Ser adolescente é mais ou menos como mendigar em Paris ou estagiar numa empresa bacana: você já está lá, onde tudo acontece, mas não pode participar da festa; porque é duro, porque é nerd, porque é prego, ou porque tem que decorar o número atômico dos alcalinos terrosos e a função das mitocôndrias, para a prova da FUVEST.

Só tive o que comemorar, portanto, quando terminaram essas duas fases de tutela e me vi finalmente livre. Aos trinta, você escolhe bola, campo e o time em que quer jogar. Tá bom, pode reclamar que sua bola não é uma Jabulani, que o gramado está mais pra uma várzea do Tamanduateí do que pro tapete do Camp Nou, que no seu time só tem perna de pau. Mas uma das vantagens da idade adulta é que, ao contrário da infância e da adolescência, que passam num piscar de olhos – ou num xixizinho e numa ejaculação precoce, para nos atermos a imagens mais condizentes com o assunto -, a maturidade dura quatro décadas; é tempo suficiente para você se acostumar consigo mesmo ou para mudar a situação. E talvez seja essa a maior lição da maturidade: saber discernir entre as coisas que você pode e precisa lutar para mudar e aquelas que deve simplesmente aceitar. Na infância ou na adolescência, ser ruim nos esportes era algo que me atormentava. “Por que, ó, Deus, fizeste-me o último a ser escolhido em todos os times, na Educação Física?”, eu perguntaria ao Senhor, se Nele acreditasse e decidisse importuná-Lo com meus resmungos. Hoje, isso é apenas um dado, quase indiferente, como ter cabelo castanho ou ser canhoto.

Se você está em torno dos trinta, pode lutar durante os próximos quarenta anos para realizar projetos e conquistar a(s) mulher(es) por quem estiver afim, para correr uma maratona ou ganhar dinheiro; mas vai ter que aceitar suas orelhas de abano ou pernas finas, o fato de não ter a lábia de Don Juan, a inteligência do Einstein nem a conta do Bill Gates. E por que não aceitaria? O mundo é grande, tá cheio de gente interessante e tem um monte de coisa boa pra fazer, mesmo não podendo pegar sempre a mais gata da festa, jamais descobrir uma segunda teoria da relatividade nem comprar um iate, numa quarta-feira à tarde, se estiver um pouco entediado.

Três décadas. Dá o que pensar. Mas não tenhamos pressa. Como disse uma amiga minha, nos últimos minutos dos meus vinte e nove: “Não se preocupe, meu querido, os homens começam as trinta”. Com calma, vamos aproveitar esse longo terceiro ato, antes que chegue o quarto – a velhice – e o quinto - sobre o qual não convém falar, por estar muito lá pra frente, só bem depois dos noventa. Ou dos cem? Cento e dez? Cento e quinze, cento e vinte...
Escrito por Antonio Prata